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Dor versus qualidade do sono



A dor é um sintoma comum que pode ter várias origens, desde lesões físicas até doenças crônicas e complexas. Essa condição não apenas impacta diretamente na qualidade de vida do paciente, mas também influencia o funcionamento do sistema nervoso autônomo.


O sistema nervoso simpático, uma parte vital do sistema nervoso autônomo, é frequentemente ativado em resposta a situações estressantes, incluindo a dor. Quando ativado, prepara o corpo para a "luta ou fuga", aumentando a frequência cardíaca e respiratória, elevando a pressão arterial e liberando hormônios do estresse, como o cortisol.


A interação entre dor, sistema nervoso simpático e qualidade do sono é complexa. Estudos recentes revelaram que a dor crônica pode prejudicar a qualidade do sono, reduzindo a duração do sono profundo e aumentando o tempo de sono superficial, com episódios frequentes de despertar durante a noite. A ativação constante do sistema nervoso simpático em resposta à dor pode afetar negativamente o padrão de sono.


Um estudo publicado no The Journal of Pain analisou pacientes com síndrome das pernas inquietas (SPI), um distúrbio do sono, e identificou que a dor crônica era um fator significativo na gravidade da SPI. Essa dor levou ao aumento da atividade simpática durante o sono, resultando em uma piora na qualidade do sono. Outra pesquisa, presente no Journal of Clinical Sleep Medicine, destacou que a dor crônica impactou negativamente a qualidade do sono em pacientes com fibromialgia.

Resumindo, a dor pode ter efeitos adversos no sistema nervoso simpático e na qualidade do sono. A ativação do sistema nervoso simpático em resposta à dor pode perturbar o padrão de sono, contribuindo para uma diminuição na qualidade do descanso. Assim, é crucial buscar o tratamento adequado para controlar a dor crônica, prevenindo efeitos negativos não apenas no sono, mas em outras áreas da saúde.

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